quinta-feira, novembro 09, 2017

O DEFENSOR DO STATUS QUO

Os sistemas de Segurança Social e as políticas fiscais e de Justiça do mundo ocidental têm sido postas em causa, não só porque falharam em muitos casos, estão em colapso noutros e não resolveram as desigualdades, que até aumentaram, e muito.

O Rendimento Básico Incondicional é apenas mais uma ideia que está a ser testada em países nórdicos, e que até tem recolhido opiniões positivas de bastantes sectores, mas pelos vistos o ministro Augusto Santos Silva acha que é um modelo “contra-intuitivo”.

Quando os defensores deste modelo afirmam que traria justiça social e um mínimo de segurança, bem como a emancipação e a liberdade de fazer escolhas (de empregos, por exemplo), Santos Silva acena com a intuição de que o modelo actual é mais aceite (?) e mais justo. Terá acrescentado ainda que defendia também o microcrédito, recordando Muhammad Yunus.

O senhor ministro não conseguiu fazer esquecer que as desigualdades aumentaram, que não existe justiça fiscal, que muita gente fica desprotegida em situações de desemprego e velhice, e que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.


Discutir o assunto é urgente porque daqui a 15 ou 20 anos a Segurança Social que conhecemos hoje não passará de uma esmola que não dará sequer para a subsistência dos beneficiários.


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