quinta-feira, maio 25, 2017

O ESTADO DA CULTURA OU A CULTURA DE ESTADO



A Cultura é, sem qualquer sombra de dúvida, o parente pobre de todos os governos em Portugal.


Os ansiados 1% do Orçamento de Estado nunca foi atingido, e nos últimos anos a fatia dedicada à Cultura tem minguado, afectando mesmo o funcionamento de museus, palácios e monumentos, que além de viverem num sufoco financeiro, viram o número de visitas aumentar enormemente.

Ouvir da boca do ministro da Cultura a admissão de apoio do Estado na realização do Festival da Eurovisão, é no mínimo caricato, porque o financiamento d televisão pública já é pago pelos portugueses, quer queiram, quer não, e pensar que ainda vai ser consignado mais dinheiro para um festival, causa uma fúria justificada.

O senhor ministro esqueceu-se de falar sobre o restauro dos carrilhões de Mafra, para os quais existiu verba consignada durante anos, por exemplo. Esqueceu-se também de sossegar os portugueses sobre a segurança, ou falta dela, devido ao mau estado dos carrilhões, que continuam apoiados em andaimes, porque a madeira que suporta os sinos está completamente podre.

Luís Filipe Castro Mendes deverá explicar-se sobre a Fundação Côa Parque, o seu estado e os problemas de segurança que ficaram bem evidentes com os actos de vandalismo recentes.

Que tal arranjar um tempinho para explicar as razões do descontentamento dos vigilantes de museu que já manifestaram o seu desagrado com uma greve e prometem não ficar por aqui.

Por último, pergunte-se ao senhor ministro se pensa que estão reunidas as condições mínimas de segurança para funcionários e visitantes nos museus que dependem da DGPC, e que formação foi ministrada nestes últimos 2 anos, no campo da segurança.


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