terça-feira, março 14, 2017

CULTURA - REALIDADE E FANTASIA

É muito frequente ouvir-se falar na exiguidade dos dinheiros destinados à Cultura em Portugal, e muito especialmente quando se fala no Património, que como todos sabem necessita de verbas avultadas para a sua manutenção, renovação, restauro e exposições.

Sabe-se que o Estado entregou alguns dos monumentos mais geradores de receitas à gestão privada (em Sintra), e que se não fossem as receitas que ainda se vão gerando nos museus, palácios e monumentos na dependência da DGPC, as verbas provenientes do Orçamento de Estado não suportariam sequer os vencimentos e as despesas correntes da instituição.

Pois parece que os senhores deputados não tomaram nada disto em consideração e decidiram ser “muito simpáticos” com os cidadãos, avançando com gratuitidades que terão óbvias consequências a muito curto prazo, isto se a sua recomendação constante da Resolução da Assembleia da República número 38/2017, for acatada pelo governo.


Não se julgue que estou contra as gratuitidades só porque sim, mas sim porque não se fazem omeletes sem ovos, pelo que também não é possível melhorar o acesso e a oferta do Património aos cidadãos sem as necessárias verbas, e não vi em lado nenhum alguém dizer de onde virão as ditas.


1 comentário:

Elvira Carvalho disse...

A gratuitidade é populista. Estamos em ano de eleições. E em ano delas, deita-se mão a tudo. Depois esquece. Esperemos. A bem da cultura.
Um abraço