segunda-feira, setembro 14, 2015

MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (parte 3)



É homenageado por todo o país em banquetes e romarias, e condecorado com a Torre e Espada na presença da família real, do Governo, do corpo diplomático acreditado e das altas patentes militares.

No Coliseu dos Recreios 5000 pessoas dedicaram-lhe uma ovação de 10 minutos. Na Sociedade de Geografia, o rei enaltece-o com um discurso inflamado e condecora-o em sessão solene com as medalhas de ouro de Valor Militar e de Serviços Relevantes no Ultramar. Discursa D. Carlos: «Já vão passados dois anos que um frémito de alegria percorreu Portugal de norte a sul, com as notícias das nossas primeiras vitórias em África por um punhado de valentes. Este frémito, porém, cresceu a ponto de transformar-se em verdadeiro entusiasmo com o feito de Chaimite… com o aprisionamento do Gungunhana. Foi esse heróico feito praticado por Mouzinho de Albuquerque, que partindo para África simples capitão de Cavalaria e apenas conhecido dum pequeno número, entre os quais figuro eu, que já então me honrava com a sua amizade, voltou dali coberto de aplausos e merecedor de glorificação pelas levantadas qualidades da sua alma e de Soldado, que o tornaram indiscutivelmente digno da legenda decorativa que lhe adorna o peito: Pela Pátria e pelo Rei: A família de Mouzinho teve sempre por divisa: A Pátria e pelo Rei. Foi pela Pátria e pelo Rei que Mouzinho de Albuquerque trabalhou e venceu; e por isso, por bem os servir, sinto hoje o infinito prazer de lhe entregar eu mesmo as medalhas que tão gloriosamente ganhou.» 

Nota: Este texto foi copiado dum artigo da época em relevo.



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