segunda-feira, março 19, 2012

POBRE CULTURA

Segundo o Público, na zona do Cais do Sodré, em Lisboa, foi descoberta uma rampa de lançamento de barcos, que consiste essencialmente numa estrutura feita em troncos de madeira sobrepostos, ocupando cerca de 300 metros quadrados, datada do século XVI.

Esta estrutura de madeira enterrada no lodo, que a terá conservado durante vários séculos, estará muito provavelmente ligada a um estaleiro naval que terá ali existido.

A descoberta terá sido feita durante os trabalhos preparatórios para a construção dum parque de estacionamento subterrâneo.

O que me ficou desta notícia foi a afirmação da subdirectora do IGESPAR, Catarina de Sousa, que terá dito que apesar de muito interessantes, esta e outras estrutura encontradas são perecíveis, pelo que a sua conservação e musealização no local é “praticamente inviável”.

Racionalmente e conhecendo os meandros da Cultura em Portugal, sei que a penúria em que se vive aponta para o que terá sido dito por esta responsável do IGESPAR, mas devo recordar, até porque Passos Coelho ainda há pouco tempo lá esteve, que na Suécia se fez propositadamente um museu após ter sido encontrado no fundo do mar o navio Vasa.

É tudo uma questão de vontades, de respeito pela História, e só por último uma questão de meios. Recordo também, e para finalizar que a Cultura está sob a tutela do 1º ministro, Pedro Passos Coelho.


FOTOGRAFIA
Jardim da Preta (Sintra) by Palaciano

Camélia I by Palaciano

3 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Séc XVI? Mas então tudo o que nos disseram até agora está errado. Porque aídeveria ter existido um estaleiro inicial, que depois passou para a Azinheira Velha, rio Coina, onde foram construídas a maior parte das caravelas dos descobrimentos porque ficava mais afastado de Lisboa, e portanto longe dos olhares espiões de outros países, e também porque o Coina ficava grande parte do dia sem água, e no seu lodo eram enterrradas as tábuas para lhes dar a cura para lhes dar a cura necessária.
Ora bem esse estaleiro vem demonstrar que seria posterior e não anterior à construção das ditas caravelas.
Um abraço

Anónimo disse...

Faz todo o sentido que seja do séc XVI porque só mais tarde é que se afasta do Paço a construção das embarcações mais bem preparadas, porque as destinadas à carga não eram feitas nesta zona, onde também existia a fundição de canhões, mais tarde reconvertida para a fundição de metais nobres.
Bjos da Sílvia

Mara Cecília disse...

Eita!... Adorei. foi muito útil. publiquei na minha página do face e goataria de publicar em meu blog. Posso?
http://maraceciliablog.blogspot.com.br/