quarta-feira, dezembro 14, 2011

DO DISCURSO À REALIDADE

Tive a oportunidade de ouvir a entrevista de Francisco José Viegas à Antena 1 fiquei com a impressão reforçada de que o secretário de Estado da Cultura não domina bem o que se passa na área do Património.

O que ele diz quanto à autonomia dos museus, que diz ser uma situação ideal para aqueles que geram receitas substanciais que lhes permitem ser auto-sustentáveis, ou perto disso, não se traduz de modo nenhum no que anunciou para os próximos anos.

Foi curioso que ele tenha falado de dois serviços que bem podiam ser autónomos como sejam o Palácio Nacional de Sintra e o Museu Nacional dos Coches, e se tenha percebido pelas suas próprias palavras, que não vão ser autónomos, sendo pelo contrário inseridos em outras estruturas.

Também registei que sobre o Palácio da Vila de Sintra, Francisco José Viegas disse que as obras (?) de jardim são feitas pela Câmara de Sintra, e que as chaminés foram pintadas pela mesma Câmara, o que não é nada rigoroso, porque o Jardim da Preta não está devidamente cuidado e as chaminés também não foram pintadas.

Não sei se é o senhor secretário de Estado da Cultura é quem decide sobre os serviços que tutela, mas não estou em crer que tenha sido por sua vontade que os Palácios de Queluz e de Sintra vão passar para a tutela da empresa Parques de Sintra – Monte da Lua, a acreditar no que disse nesta entrevista à jornalista Rosário Lira.





Texto e fotografia by Palaciano

3 comentários:

São disse...

Francisco é franciscano na cultura geral...ou é impressão minha?

Saudações, meu caro

Anónimo disse...

O Xico gosta é de charutos e brandy, ele quer lá saber de monumentos ou de museus. Tás grosso, meu?
Lol

AnarKa

Pata Negra disse...

Só existirá respeito pelo património cultural quando existir um governo com gente com vocação cultural. Ora, nos partidos do arco governativo é muito raro isso acontecer. Por isso, há que rejeitar discursos e aguentar a realidade. Já que há quem defenda uma constituição com números para acautelar excessos de défice, que tal aproveitar a boleia e exigir que a percentagem do orçamento para a cultura seja "constituicionalizada". Não que eu concorde, mas já que estão numa de regras!...
Um abraço na realidade